Entender como identificar os sinais que indicam a necessidade de exames de imagem durante a gravidez é transformar informação em cuidado prático. Ao reconhecer cedo sintomas e situações que pedem investigação, você protege a própria saúde e a do bebê. Neste guia, explicamos quando o ultrassom, o Doppler e a ressonância magnética são indicados, o que observar em cada trimestre e quais sinais exigem procurar avaliação especializada na MaterCor sem esperar.
Além disso, você vai ver como funciona a segurança dos métodos, quando exames com radiação podem ser necessários em urgências e por que um cronograma de pré-natal consistente faz toda a diferença no desfecho da gestação.
Este conteúdo é informativo e não substitui consulta médica. Em sinais de alerta, procure assistência imediatamente.
O que são exames de imagem na gestação e quando são indicados
Ultrassonografia obstétrica (transvaginal e abdominal)
O ultrassom é a primeira escolha na gravidez. Ele confirma a gestação, avalia viabilidade embriofetal, calcula idade gestacional, observa placenta e líquido amniótico e checa o crescimento do bebê. Por não usar radiação, é considerado seguro quando realizado por equipe habilitada. No primeiro trimestre, a via transvaginal é a que oferece maior resolução para datação, avaliação de batimento e localização da gestação; a partir do segundo trimestre, a via abdominal ganha protagonismo.
Doppler obstétrico
O Doppler avalia o fluxo sanguíneo entre útero, placenta e feto. Ele costuma ser indicado em suspeita de restrição de crescimento, em casos de hipertensão/preeclâmpsia e em diabetes gestacional, entre outras condições. Na prática, ele ajuda a identificar se o bebê está recebendo oxigênio e nutrientes adequadamente, orientando a frequência de acompanhamento e, em alguns cenários, o momento mais seguro para nascer.
Ressonância magnética (RM)
A RM não utiliza radiação e pode ser indicada quando o ultrassom não responde a perguntas clínicas específicas, como avaliação detalhada do sistema nervoso central fetal ou investigação de estruturas maternas. Embora o exame seja considerado seguro durante a gestação, o contraste com gadolínio costuma ser evitado, sendo reservado apenas a situações nas quais os benefícios superem os riscos, após avaliação médica criteriosa.
Raios X e tomografia computadorizada (TC)
Em cenários de urgência — por exemplo, trauma, suspeita de apendicite ou embolia pulmonar — os métodos com radiação podem ser necessários. Nesses casos, aplicam-se protocolos de menor dose possível e proteção adequada. Sempre que viável, prioriza-se US/RM; no entanto, quando a vida da mãe está em risco, o exame certo, no momento certo, é o que salva.
Para aprofundar-se em segurança e diretrizes, consulte o parecer do ACOG neste documento e a cartilha da RSNA neste material.
Sinais de alerta no 1º trimestre que podem pedir exame imediato
Sangramento vaginal e dor pélvica
Esses sinais podem indicar gestação ectópica, ameaça de aborto ou outras condições. O ultrassom transvaginal localiza a gestação, verifica batimento e orienta a conduta com segurança. Diante de sangramento associado a dor, o ideal é buscar avaliação no mesmo dia.
Atraso menstrual com datação incerta ou ausência de batimento
Quando as datas estão confusas ou o batimento não é visível no momento esperado, o US transvaginal ajuda a confirmar viabilidade e a estabelecer idade gestacional com precisão. Isso reduz ansiedade e evita decisões precipitadas.
Febre alta, dor intensa ou sinais de infecção
No início da gestação, infecções e dores marcantes merecem investigação rápida. O ultrassom auxilia a checar útero e anexos, descartar causas cirúrgicas e orientar antibiótico, repouso e retorno conforme a evolução.
Situações no 2º trimestre que costumam exigir exame
Ultrassom morfológico (18 a 22 semanas)
É um marco do pré-natal. O morfológico avalia detalhadamente anatomia fetal, placenta, cordão e líquido amniótico. Se algo chama atenção, programam-se exames complementares e seguimento mais próximo, garantindo planejamento para o restante da gestação.
Medida do colo uterino
Aferida por via transvaginal, a medida do colo ajuda a estimar o risco de parto prematuro. Quando encurtado antes do esperado, o médico pode indicar intervenções preventivas e um calendário de reavaliações por imagem.
Placenta baixa/placenta prévia e sangramentos
Em casos de placenta baixa no segundo trimestre, é comum repetir ultrassons para acompanhar a possível “migração placentária” com o crescimento uterino. Com isso, reduz-se o risco de intercorrências no final da gestação e no parto.
No 3º trimestre: quando monitorar crescimento, líquido e placenta
Diminuição de movimentos fetais
Mudanças no padrão de movimentos merecem atenção. A avaliação inclui ultrassom, perfil biofísico e, quando indicado, Doppler. Em caso de dúvida, procure assistência no mesmo dia.
Hipertensão/preeclâmpsia e diabetes gestacional
Essas condições podem levar a crescimento alterado (restrição ou macrossomia) e variações do líquido amniótico. O acompanhamento por imageamento seriado orienta a melhor janela para o parto, ajudando a evitar complicações para mãe e bebê.
Alterações do líquido amniótico e suspeita de descolamento de placenta
Oligodrâmnio, polidrâmnio ou dor súbita com sangramento exigem avaliação imediata. A imagem auxilia na tomada de decisão, inclusive na indicação de antecipar o nascimento em casos selecionados.
Condições maternas e gestacionais que mudam o protocolo de imagem
Gestação múltipla e idade materna avançada
Gestação gemelar e idade materna avançada aumentam alguns riscos e pedem monitorização mais próxima. Na prática, isso se traduz em ultrassons mais frequentes e, quando necessário, Doppler para acompanhar crescimento, placenta e bem-estar fetal.
Doenças crônicas e endocrinologia feminina
Tireoidopatias, diabetes e hipertensão podem alterar a frequência de exames e a necessidade de avaliações específicas. O cuidado integrado entre ginecologia/obstetrícia e endocrinologia feminina mantém hormônios e parâmetros metabólicos sob controle, reduzindo intercorrências.
Urgências, trauma e dor abdominal aguda
Em urgências, o mais importante é a avaliação rápida. Se US/RM não forem suficientes, RX/TC podem ser solicitados com protocolos de baixa dose, sempre com ponderação entre risco e benefício. Em muitos casos, agir cedo evita desfechos graves.
Segurança, preparo e quando procurar a MaterCor
Segurança dos métodos
Ultrassom e RM não usam radiação ionizante e são considerados seguros quando há indicação clínica e equipe qualificada. Já os exames com radiação (RX/TC) ficam reservados a situações nas quais o benefício supera claramente o risco. Para referência técnica, consulte o ACOG neste parecer e a RSNA neste sumário.
Contrastes e preparo
Em RM, o gadolínio é evitado na gestação, sendo considerado apenas quando indispensável. Para alguns exames laboratoriais associados, pode haver jejum e outros cuidados. A equipe MaterCor explica cada etapa, do agendamento à entrega do laudo.
Linha do tempo do pré-natal
Iniciar o pré-natal cedo e manter um calendário de consultas e exames bem definidos melhora o prognóstico. Em geral, há marcos para o ultrassom do primeiro trimestre, o morfológico (18–22 semanas), avaliações de crescimento e, quando indicado, Doppler. Essa organização permite agir antes de complicações.
Como se preparar para cada exame
Leve documentos e exames anteriores, chegue com antecedência e siga as orientações recebidas — por exemplo, bexiga moderadamente cheia pode ajudar em alguns ultrassons abdominais, enquanto o transvaginal dispensa esse preparo. Caso use medicações, informe a equipe. Em qualquer dúvida, a recepção da MaterCor orienta com clareza.
Quando repetir um exame
É comum o médico solicitar reavaliações para monitorar evolução. Repetir o ultrassom não “faz mal” ao bebê; ao contrário, quando bem indicado, reduz incertezas, melhora a tomada de decisão e aumenta a segurança da gestação.
Checklist rápido: sinal, exame recomendado e urgência
Sinal observado | Exame recomendado | Quando procurar |
Sangramento e dor pélvica no 1º trimestre | US transvaginal | Imediatamente |
Diminuição de movimentos fetais | US, perfil biofísico e Doppler | No mesmo dia |
Pressão alta, dor de cabeça intensa, turvação visual | US com Doppler; exames laboratoriais | Imediatamente |
Suspeita de placenta baixa com sangramento | US transvaginal/abdominal de controle | No mesmo dia |
Perda de líquido | Avaliação clínica e US para volume de líquido | Imediatamente |
Dor abdominal aguda/trauma | US; se necessário, RX/TC/RM conforme avaliação | Imediatamente |
Datação incerta/ansiedade sobre viabilidade | US transvaginal | O quanto antes |
Perguntas frequentes
Ultrassom e RM são seguros durante a gravidez?
Sim. São métodos sem radiação ionizante e considerados seguros quando há indicação clínica e execução por equipe qualificada. Na RM, contrastes com gadolínio são evitados salvo em situações específicas.
Quando o Doppler é realmente necessário?
Quando há suspeita de alterações do fluxo uteroplacentário e fetal, como em hipertensão/preeclâmpsia, restrição de crescimento e diabetes gestacional, entre outras condições que requerem monitorização mais próxima.
Se os movimentos do bebê diminuírem, o que fazer?
Procure avaliação no mesmo dia. Ultrassom, perfil biofísico e Doppler ajudam a verificar bem-estar fetal e a orientar a conduta mais segura.
RX e tomografia fazem mal ao bebê?
Quando indicados por urgência, o benefício pode superar o risco. Utiliza-se a menor dose possível e proteção adequada. Sempre que viável, priorizam-se métodos sem radiação (US/RM).
Quais sinais exigem buscar atendimento imediato?
Sangramento vaginal, perda de líquido, dor abdominal intensa, febre alta, pressão muito elevada, dor de cabeça intensa com alteração visual e diminuição de movimentos fetais.
Conclusão: sinais que protegem e decisões que trazem tranquilidade
Reconhecer como identificar os sinais que indicam a necessidade de exames de imagem durante a gravidez permite agir cedo e com segurança. O ultrassom segue como principal aliado; o Doppler e a RM aprofundam a avaliação quando é preciso; e exames com radiação ficam restritos a situações específicas e urgentes. Com um pré-natal bem acompanhado, sua jornada fica mais tranquila e previsível.
Próximo passo: percebeu algum sinal de alerta ou tem dúvidas sobre qual exame realizar? Fale com a MaterCor. Nossa equipe une tecnologia de ponta e atendimento humanizado para cuidar de você e do seu bebê. Agende sua consulta.